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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Novo Lançamento!
 
 



Camaradas:
É com satisfação que divulgamos o lançamento de nosso mais recente livro.
 
Fim do Mundo:
Guerras, Destruição e Apocalipse na História e no Cinema
 
Cesar Augusto Barcellos Guazzelli
Charles Sidarta Machado Domingos
José Orestes Beck
e Rafael Hansen Quinsani
(organizadores)
 
Editora Argonautas
Preço: R$ 20,00
 
 
O lançamento será realizado no dia 21 de Dezembro às 18h30min
Na Sala Redenção – Campus Central da UFRGS.
 
Abaixo o Sumário e o cartaz.
 
 
Introdução
Os “apocalipses” de agora!
Cesar Augusto Barcellos Guazzelli
 
Onde começou o fim? Os maias e além...
Cesar Augusto Barcellos Guazzelli e Sílvia Moehlecke Copé
 
Guerra Fria, horror quente: A bomba, de novo...
Mas agora em Dr. Fantástico, de Stanley Kubrick
Charles Sidarta Machado Domingos e Luiz Dario Teixeira Ribeiro
 
A civilidade no fim do mundo
Nikelen Acosta Witter
 
Contágio: O fim da humanidade
Cassius Ugarte Sardiglia e Fernanda Beron da Cunha
 
Fim do homem, início dos mortos?
Zumbis, apocalipse e a obra de George Romero
Carlos Augusto Falcão Filho, César Augusto Oliveira de Almeida
e Rafael Hansen Quinsani
 
A última esperança da Terra
Fatimarlei Lunardelli
 
The Omega Man, o Milenarismo e fim do mundo:
Os medos recorrentes da humanidade
Carla Brandalise
 
Dos julgamentos Salem aos anos Reagan:
O espectro de Satã na cultura norte-americana
Arthur Lima de Avila
 
O capitalista, o poeta e o diabo
Nilza Silva
 
Um atalho para a salvação: a crítica ao desencanto
moderno em Armageddon
Eduardo Martinelli Leal
 
O cinema americano no fim do mundo: Milenarismo
e destino manifesto no Armageddon de Michael Bay (1998)
Rafael Belló Klein
 
Fim da história com a Guerra dos Mundos?
Diorge Alceno Konrad
 
A Guerra dos Mundos: De H. G. Wells a Steven Spielberg
Helen Scorsatto Ortiz
 
Medievalidades em Flesh and Blood
Igor Salomão Teixeira
 
Cegueira, que fim de mundo é esse?
Luiz Roberto Lima Barbosa
 
A Salvação do mundo segundo Andrei Tarkovski: O Sacrifício
Anderson Zalewski Vargas
 
Entre a crença e a desesperança, o drama existencial na
iminência do fim: Andrei Tarkovski e O Sacrifício de uma vida
Rafael Hansen Quinsani
 
2012: O ano que não acabaria. O fim do mundo
e a relativização das responsabilidades humanas pelas
mãos de Roland Emmerich
Gerson Wasen Fraga
 
“As Moscas Venceram...”
Cesar Augusto Barcellos Guazzelli
 
Vendo trans / aparências de As Invasões Bárbaras
Maria Luiza Filippozzi Martini
 
Sexo, verdades e cinematógrafo: As Invasões Bárbaras
e o fim da história
Rafael Hansen Quinsani
 
EXTRAS
 
Fichas técnicas dos filmes
José Orestes Beck e Rafael Hansen Quinsani
 
Mad Mel: O talentoso estranho que nós amamos
Osvaldo Neto
 
Stanley Kubrick descolorido ou
As sombras da verossimilhança
Rafael Hansen Quinsani
 
Desventuras da Peste, o primeiro Cavaleiro do Apocalipse!
Cesar Augusto Barcellos Guazzelli
 
O Zumbi é o lobo do homem
Caio de Freitas Paes
 
As três visões de Matheson
Carlos Thomaz Albornoz
 
Demônios e maravilhas - Um breve panorama
infernal no cinema
Cristian Verardi
 
Bruce Willis, herói de carne e osso
Ronald Perrone
 
A Guerra dos Mundos. De H. G. Wells a Steven Spielberg
Rafael Belló Klein
 
Conquista sangrenta – Paul Verhoeven, Rutger Hauer
E a Idade Média como o cinema nunca viu
Osvaldo Neto
 
Ensaio sobre a cegueira
Arthur Pinheiro de Freitas
 
Futuros vermelhos: Ficção científica além da Cortina de Ferro
Bruno Belloc Nunes Schlatter
 
Roland Emmerich, o mensageiro do apocalipse
Augusta da Silveira de Oliveira
 
A culpa é dos bárbaros? Denys Arcand e o cinema canadense
João Vitor Câmara

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

CERTIFICADOS



Caros participantes do ciclo Vida é Jogo, Jogo é História!

Comunicamos que os certificados estão disponíveis para serem retirados

no Departamento de História da UFRGS.

Secretário:
 Paulo Ricardo da Roza Terra [ deptohis@ufrgs.br



Endereço:
 Av. Bento Gonçalves, 9500 / Campus do Vale
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - Prédio A1 - Sala 116 Caixa Postal 15055

Telefone/Fax:
 51 3308.6625 - 3308 7106

domingo, 30 de outubro de 2011

Livro "VIDA É JOGO! Ensaios de História, Cinema e Esporte"

Livro "VIDA É JOGO! Ensaios de História, Cinema e Esporte"




Caros amigos:
 
É com imensa satisfação que divulgamos o lançamento do livro
 
VIDA É JOGO!
Ensaios de História, Cinema e Esporte.
 
Cesar Augusto Barcellos Guazzelli
Charles Sidarta Machado Domingos
José Orestes Beck
Rafael Hansen Quinsani
(orgs)
 
Sessão de autógrafos na 57ª Feira do Livro de Porto Alegre
dia 12/11/2011 as 20:00 – Memorial do Rio Grande do Sul
1º Andar
Preço Promocional R$ 20,00
À venda na LADEIRA LIVROS
General Câmara, 385
 
Banca 64 da Feira
Disponível dia 10/11
 
Abaixo os capítulos e autores:
 
Prefácio
Humanos e(m) seus jogos: brincando de lutar pela vida
Cesar Augusto Barcellos Guazzelli
 
A Barbárie anda a Cavalo: estepes, correrias e sangue!
Cesar Augusto Barcellos Guazzelli
 
Guerra Fria e Rocky Balboa: a ideologia e o golpe em uma era
Charles Sidarta Machado Domingos
 
Rocky IV, Boxe e a Guerra Fria
Fatimarlei Lunardelli
 
O Caminho para Berna passou por Kiev: Queda e Ascensão da Deutsch Nationalmannschaft Fussball
Gerson Wasen Fraga
Cesar Augusto Barcellos Guazzelli
 
A classe operária “não” vai ao paraíso: Ken Loach procurando Eric no mundo globalizado
Rafael Hansen Quinsani
 
El camino de San Diego: futebol, identidade e cultura popular
Álvaro Antonio Klafke
 
O futebol como pretexto
Arlei Sander Damo
 
“Quanto dinheiro há aqui?”
Nilza Silva 
 
Homens Brancos não Sabem Enterrar”: Raça, Classe e Esportes no Cinema Estadunidense
Walter Günther Rodrigues Lippold 
 
Carruagens de Fogo: o nacionalismo esportivo do entre - guerras
Carla Brandalise
 
Paris exige cavalheirismo: contradições do esporte moderno em Carruagens de Fogo
Miguel Enrique Stédile
 
Decifrando os Códigos de Munique, de Steven Spielberg
Diorge Alceno Konrad
 
África do Sul: Racismo e Resistência
Jeferson Garcia
Luiz Dario Teixeira Ribeiro
 
Gladiadores do futuro ou o futuro dos gladiadores? Jogo, Espetáculo e Morte no Rollerball
José Orestes Beck e Cesar Augusto Barcellos Guazzelli
 
Posfácio
Cinema: representações de mulheres na modernidade
Jaqueline Alves de Moraes
 
 
Extras
Fichas Técnicas dos Filmes
 
John Frankenheimer: um transgressor esquecido?
Rafael Hansen Quinsani
 
Rocky IV (1985): Estados Unidos vs. União Soviética em um ringue de boxe
Osvaldo Neto
 
A família milagrosa de Berna
Fagner dos Santos
 
O caminho de San Diego e a Odisséia de Benítez
Gerson Wasen Fraga
 
Um olhar sobre o basquete
Cristiano Goulart Borges
 
Porto Alegre e o Esporte: Civilização e Independência nos anos da Guerra Fria
Charles Sidarta Machado Domingos
 
MUNIQUE
Adriana Dorfman
 
O Contexto Sul-Africano e a Copa do Mundo de Rugby de 1995.
Rafael Belló Klein
 
Eric Cantona: de “l’enfant terrible” a rei de Old Trafford
Rafael Belló Klein
 
Gladiadores de ontem, hoje e amanhã
César Almeida
 
APOIO:
LADEIRA
LIVROS
General Câmara, 385
Centro - Porto Alegre
 

domingo, 16 de outubro de 2011

Certificados




Aos participantes do ciclo de cinema

"Vida é Jogo, jogo é História! Esporte e Civilização!":

informamos que os certificados estão em processo de execução, dentro dos trâmites da PROREXT.

Ocorreu um atraso em função da greve dos funcionários da UFRGS.

Agradecemos a compreensão.


domingo, 26 de junho de 2011

Rollerball

Sábado, dia 02/07

Sala Redenção - 15:30

A disputa no(do) futuro: civilização ou Barbárie?
        
Rollerball – Os Gladiadores do Futuro


1975. Direção: Norman Jewison


Conheça os Palestrantes

Cesar Augusto Barcellos Guazzelli é professor de História da UFRGS. Dedica-se as áreas de História da América Latina, Teoria e Metodologia, História e Literatura e História Social do Futebol. Foi orientador da primeira tese no Rio Grande do Sul sobre História e Futebol, e desde 2005 ministra, de forma pioneira, a disciplina de História Social do Futebol na UFRGS. Foi a partir de sua disciplina que os alunos organizaram o maior campeonato acadêmico de futebol da UFRGS: a Taça Cesar Guazzelli, que já contou com 7 edições em 5 anos. Também tem se dedicado a trabalhos relacionados a área Cinema-História, coordenando diversas atividades nos últimos anos. Publicou mais de 14 livros e 31 artigos em periódicos especializados.
Para acessar seu currículo: http://lattes.cnpq.br/4706540695818245




José Orestes Beck é formado em História pela UFRGS. Organizou cinco ciclos de cinema e foi um dos organizadores do livro "A Prova dos 9: a história contemporânea no cinema". se didica a pesquisa de diversas temáticas com destaque para o Surrealismo e a ficção-científica cinematográfica. Atualmente é professor em Tapes.

Rollerball

Gladiadores de ontem, hoje e amanhã

César Almeida*

Por décadas, o cinema americano de Ficção-Científica foi dominado por leves aventuras espaciais que seguiam a tradição iniciada com os seriados dos anos 1930, protagonizados por heróis como Flash Gordon e Buck Rogers. Foi apenas a partir do fim da década de 1960 que este negligenciado gênero cinematográfico começou a abordar temáticas mais complexas, levando para as telas os questionamentos daquela inquieta geração.
Esse período, iniciado por obras como Fahrenheit 451, 2001 - Uma odisséia no espaço e O planeta dos macacos, atingiu seu momento mais sombrio e crítico entre os anos de 1971 e 1975. Em meio aos vários clássicos dessa safra (THX 1138, Corrida silenciosa, No mundo de 2020, etc...) está Rollerball - Os gladiadores do futuro, dirigido pelo bem-conceituado Norman Jewison e estrelado por James Caan.  
Embora não desfrute do prestígio adquirido por outros filmes de Ficção-Científica da época, Rollerball permanece uma obra de grande interesse por abordar a velha prática romana do panis et circenses, ou “pão e circo”, adaptando-a para o século XXI. Como se sabe, a política do “pão e circo” consiste (sim, verbo no presente) em suprir o povo de alimento e diversão para distraí-lo dos problemas diários e diminuir a insatisfação contra o governo. A obra de Jewison explora à fundo esse tema, além de analisar o gosto inerente ao ser humano pela violência.   
O roteiro de William Harrison, adaptado de um conto de sua própria autoria, apresenta um futuro distópico onde as nações ruíram economicamente e deixaram o mundo à mercê de grandes corporações empresariais. Após o caos inicial e as chamadas “Guerras Corporativas”, o mundo se estabilizou e as grandes empresas substituíram os Estados. Com o domínio das corporações veio o conforto e o luxo, mas também a perda da liberdade individual, a censura e o retrocesso cultural. No entanto, por algum motivo, o luxo não era suficiente para manter o pensamento da sociedade distante desses problemas. Sem as preocupações diárias, as pessoas começaram a prestar maior atenção aos governos. Era preciso distrair o povo. Assim surgiu o esporte rollerball.
Espécie de mistura entre rúgbi e hóquei, o rollerball foi a solução encontrada para saciar os apetites mais vorazes das massas, já que as guerras e os crimes, antes fartamente explorados pelas redes de televisão, haviam acabado.
O rollerball funcionava da seguinte forma: em uma pista circular, dois times compostos por patinadores e motociclistas disputavam a posse de uma bola de aço com objetivo de encaixá-la em uma sexta magnética. As motos puxavam e davam velocidade aos patinadores. Quando um time possuía a posse da bola e atacava, o outro fazia de tudo para impedi-lo. O contato entre jogadores era total, e não raro ocorriam mortes, encaradas com naturalidade por esportistas e platéia. Uma verdadeira arena de gladiadores futurista. E esse ultra violento esporte roubou as atenções ao redor do mundo.
 O jogo parecia cumprir com perfeição o seu objetivo, e várias cidades enviavam suas equipes para um longo campeonato mundial. No entanto, no meio de um esporte usado como demonstração de que a liberdade individual de nada valia, surgiu um herói. Jonathan E. (James Caan) se transformou no maior ídolo do rollerball. Um gladiador invencível, que liderava o seu time de forma vitoriosa contra qualquer inimigo/adversário. A idéia de que um único homem era capaz de se destacar e prevalecer naquele universo brutal podia inspirar as massas a fazer o mesmo contra o sistema. Por isso, Jonathan se tornou um perigo para as corporações.
Agora, o ídolo do povo precisava ser parado, ou melhor, vencido. E quando Jonathan percebe sua verdadeira importância, ele luta da única forma que conhece para provar que a liberdade ainda é possível: jogando.
Embora hoje datado pelo visual berrante típico dos anos 1970, Rollerball apresenta um excelente trabalho de direção do cineasta Norman Jewison. As seqüências de jogo, ponto alto do filme, são impressionantes por seu realismo brutal. Boas interpretações do elenco central dão credibilidade aos questionamentos do roteiro.
Jewison começou a carreira dirigindo comédias românticas bastante açucaradas, algumas delas estreladas por Doris Day. Determinado a fugir desse gênero pouco interessante, ele assumiu a direção de A mesa do Diabo (1965), substituindo Sam Peckinpah, que havia sido demitido. A mesa do Diabo, um drama sobre o submundo do jogo protagonizado por Steve McQueen, provou o gosto do cineasta por assuntos polêmicos. Em seguida, o diretor satirizou a paranóia da Guerra Fria em Os russos estão chegando! Os russos estão chegando!
A consagração veio com No calor da noite (1967), intenso drama policial que tinha Sidney Poitier e Rod Steiger como protagonistas. Um dos primeiros filmes hollywoodianos a abordar abertamente o racismo na sociedade americana, No calor da noite rendeu controvérsias e láureas ao diretor, incluindo o Oscar de melhor filme.
Sucessos como Crown – o magnífico (1968) e Um violinista no telhado (1971) vieram logo depois, um retorno ao lado mais comercial de Jewison. A maior polêmica de sua carreira surgiu com a adaptação do musical da Broadway Jesus Cristo Superstar (1973) para as telas do cinema. O filme enfureceu tanto judeus, que o acusaram de anti-semitismo, quanto cristãos, pela apresentação inusitada de uma história considerada sagrada.    
Dois anos mais tarde, Jewison decidiu continuar provocando controvérsia com Rollerball. Além dos temas já citados, a exploração da violência pela mídia era uma das provocações centrais da obra. Esportes violentos como o hóquei o e football são muito populares nos Estados Unidos, e eram um dos alvos das críticas do roteiro. No entanto, a moral pacifista do filme não foi muito bem compreendida por parte do público. Como já havia acontecido com Laranja Mecânica (1971), influência confessa de Jewison, cuja violência nas telas foi imitada por jovens na Inglaterra, Rollerball quase saiu da ficção para a realidade. As cenas na arena foram gravadas com uma platéia real, que para surpresa (e horror) de Jewison, acabou adorando o jogo. Isso, e o sucesso do filme, motivaram conversas absurdas sobre a criação de uma liga de rollerball. A idéia dessa liga nunca se concretizou, mas já foi suficiente para mostrar a estupidez da sociedade de espetáculo.
Essa estupidez ficou ainda mais evidente quando, quase trinta anos mais tarde, Rollerball ganhou uma nova versão pelas mãos do diretor John McTiernam. Nesse remake as conotações políticas e sociais foram deixadas de lado em favor da ação constante. Ao contrário do filme original, o Rollerball do século XXI se mostrou tão descerebrado e absurdo quanto o esporte fictício criado por Willian Harrison em 1973.
Nas décadas passadas, obras da literatura e do cinema alertaram sobre a aproximação de um futuro ameaçador para a humanidade. Hoje, não é difícil notar que nossos espetáculos de arena continuam a encantar massas cada vez mais alienadas, como acontecia a dois mil anos atrás na antiga Roma. Nosso presente está muito parecido com as previsões sombrias de autores como George Orwell e Anthony Burgess, portanto, filmes como o Rollerball de Norman Jewison continuam bastante relevantes.             

   





* Crítico de cinema. sartanawest@ig.com.br

A Bela do Sábado de Tarde



Maud Adams

Atriz sueca. Participou de vários filmes da série James Bond e das séries televisas Missão Impossível, Hawai 5-0 e Kojak